Sergipe - Chegança, Lambe Sujo, Cacumbi, Caboclinho e Taieira são alguns dos grupos folclóricos do Estado, que de geração em geração sobrevivem às dificuldades financeiras em divulgar as suas manifestações culturais e não deixar morrer a suas tradições.
Com o tema ‘Folclore e a nova realidade cultural e comunicacional’, o Cinform Convida desta terça-feira, 16, discutiu os caminhos da valorização e do resgate do folclore.
No quesito comunicação, José Menezes, conhecido como ‘Zé Rolinha’, mestre da chegança de Laranjeiras, lembra que os grupos folclórico são bastante procurados pela imprensa. No entanto, na visão do artista há pontos negativos. “A mídia entra de uma tal forma e não tem um retorno para os brincantes e os produtores culturais. É passado o nosso produto adiante, mas usam fotos em jornais sem autorização nenhuma”, ressalta Zé Rolinha.
Para enaltecer e eternizar os grupos folclóricos, Aglaé Fontes, professora e secretária de cultura da cidade de São Cristóvão, enfatiza que o papel do governo é apoiar, proteger os registros, os vídeos e os documentos que eternizem a passagem de cada um dos membros do folclore.
“É dever apoiar e difundir a cultura, respeitando a tradicionalidade, respeitando o grupo como elemento importante na cidade. Provocar o registro dessa memória através de livros e do registro de documentos”, frisa Aglaé Fontes.
Mas para tornar vivo o encantamento e a riqueza do folclore é preciso investimento, sobretudo, porque muitos grupos folclóricos enfrentam dificuldades financeiras para manter o seu legado. “Alguns grupos acabam porque não tem como se sustentar. Falta dinheiro para a manutenção dos grupos”, afirma Luiz Antônio Barreto, historiador e pesquisador.
Eloisa Galdino, secretária de Estado da Cultura, admite que o dever do governo é fomenta o registro do folclore e do cuidado com a preservação. “Hoje, nós temos ferramentas que podem fazer com que o trabalho e a brincadeira desses grupos se aproximem da população, seja através da internet, na produção de um documentário realizado pelo Gonçalo, Taieira, Camcumbi, por exemplo”, diz a Eloisa Galdino.
Participaram ainda, além do presidente da Conaqj Michael Helry, o marcador da Quadrilha Unidos em Asa Branca Eloi Filho, o historiador Zezito dentre outros representantes do movimento folclórico de Sergipe.
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